Visuais

 

As duas bolas centrais da figura são de tamanhos diferentes?

 

As ilusões visuais, ou também chamadas de ilusões de óptica, provam ainda mais que utilizamos uma série de pistas sensoriais para gerar experiências perceptivas que podem (ou não) corresponder ao que existe no mundo real. Ao compreender o modo como somos “levados” a ver algo que não existe, os psicólogos adquirem conhecimentos sobre como os processos perceptivos funcionam no dia-a-dia em circunstâncias normais.

Os psicólogos geralmente distinguem as ilusões físicas das perceptivas. Um exemplo de ilusão física é o demonstrado na figura. O lápis dentro de água parece partido. Esse desvio deve-se a uma mudança na velocidade da luz ao passar de um meio transparente para outro. A este fenomeno chama-se refracção da luz.
 

 

   Refracção da luz.

 

Há também ilusões do “mundo real” que ilustram como os processos perceptivos funcionam, tal como a ilusão do movimento induzido. Quando estamos num comboio, como não temos nenhum ponto de referência para saber se está parado, ficamos confusos quanto a que trem está realmente a andar. Entretanto, se olhar para o chão lá fora, podemos estabelecer um quadro de referência sem ambiguidade e tornar a situação clara.

Os artistas também se apoiam em muitos desses fenómenos perceptivos tanto para representar a realidade com precisão quanto para distorcê-la deliberadamente. Todos nós sabemos que uma pintura ou uma fotografia é plana e bidimensional. Ainda assim, somos facilmente “seduzidos” pelo uso que um artista faz dos princípios que acabamos de descrever. Por exemplo na arte representativa, os trilhos, as plantas e os túneis das estradas de ferro são sempre desenhados mais próximos do que na verdade estão.

Os filmes tridimensionais também funcionam segundo o princípio de que o cérebro pode ser induzido a ver três dimensões, caso apareçam imagens ligeiramente distintas para o olho esquerdo e o olho direito. Assim a nossa compreensão da ilusão perceptiva capacita-nos a manipular imagens para efeitos deliberados – e para apreciar os resultados.

O nosso cérebro tem uma capacidade incrivel para decifrar vários textos que parecem ilegiveis. Eis dois textos que o comprovam.

Texto 1

Cnofrome um etsduo de uma uvinesriadde ignlsea, tntao faz a sqeünêica em que as ltreas se ecnonrtem nas plaarvas. O úicno foatr ioptrmatne é que a pmirirea e a úmtlia ltrea etseajm no dvedio lgaur. O rsteo pdoe etsar em ttoal dseroedm que msmeo aissm cnsoeuigoms ler.

Itso se dvee ao ftao de não lromes as ltreas mas sim as plaarvas itnreias.

 

Texto 2

Se você conseguir ler as primeiras palavras, o seu cérebro decifrará também todas as demais.

3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 3U N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170, C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314 C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, M45 40 CON7R4R10, C0RR3R4M P3L4 PR414 D3 M405 D4D45, FUG1ND0 D4 4GU4, 3 R1ND0 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.

C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40: G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R, E QU3 QU4ND0 1550 4C0N73C3R, 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!

S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 0 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314 !

 

Se você não conseguiu ler os textos acima.  O texto 1 diz:

Conforme um estudo de uma universidade inglesa, tanto faz a seqüência em que as letras se encontrem nas palavras. O único fator importante é que a primeira e a última letra estejam no devido lugar. O resto pode estar em total desordem que mesmo assim conseguimos ler.

Isto de deve ao fato de não lermos as letras mas sim as palavras inteiras.

 

Já o texto 2 diz:

Em um dia de verão, estava eu na praia, observando duas crianças brincando na areia. Elas trabalhavam muito, construindo um castelo de areia com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma. Acuei que depois de tanto esforço e cuidado, as crianças cairiam no choro, mas ao contrário, correram pela praia de mãos dadas, fugindo da água, e rindo começaram a construir outro castelo.

Compreendi que havia aprendido uma grande lição: gastamos muito tempo da nossa vida construindo alguma coisa e mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir tudo o que levamos tanto tempo para construir, e que quando isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será capaz de sorrir!

Só o que permanece é a amizade, o amor e o carinho. O resto é feito de areia!